segunda-feira, 16 de novembro de 2009

PARABÉNS PARA VOCÊS!!!


Não posso deixar de comentar a respeito de dois projetos que conheci durante a Feira de Ciências, Inovação e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia da prefeitura de Macaé.


Primeiramente, o Projeto Pólen/Pólo Macaé com seu projeto "Royalties: o que ganhamos com isso?" que objetiva contribuir para a criação de um conselho dos royalties na cidade de Macaé, apoiando documentos legítimos como o Plano Diretor e as diretrizes da II Conferência de Meio Ambiente para formação em Educação Ambiental visando a conscientização de mudanças socioambientais locais.



E ainda o projeto de iniciação em pesquisa científica idealizado pelo professor de Filosofia da Escola Previsão, Ricardo Vasconcelos, que incumbiu seus alunos à realização de uma pesquisa no tema "Juventude e Religião" objetivando identificar o perfil dos adolescentes quanto a crença em Deus e suas respectivas religiões.



Neste projeto, os alunos aplicaram questionários em escola pública e particular e, desta forma, puderam obter dados passíveis de comparação. Ao final, concluiu-se que a maioria dos adolescentes, ao contrário do que se pode pensar, acreditam sim em Deus e apresentam religiões bem definidas. Na escolas pública houve predominância de alunos evangélicos, enquanto, que na escola particular, há porcentagem maior para católicos e espíritas, sendo que o número de evangélicos não fica muito aquém das demais religiões como ocorreu na escola pública em que o número de evangélicos é bem maior que o de católicos.

Podemos concluir, mesmo com um recorte pequeno, que nosso país está deixando de ser, em sua grande maioria, de católicos, já que a comunidade evangélica vem crescendo exorbitantemente nos últimos anos.

Parabenizo, de coração, a iniciativa do professor, que com uma visão futurista, conseguiu motivar todos seus alunos à pesquisa, que com certeza, é bem benéfico tanto para eles quanto para os que usufruem de seus resultados. Acredito que, desta forma, os jovens tornam-se mais participantes e antenados com os problemas que cercam nossa sociedade e disposto a ajudarem no que for necessário contribuindo para o controle e participação cidadã e social em nosso país.

Sejam multiplicadores deste projeto!!!

Semeando assim a colheita será farta!!!

Por isso, MEUS PARABÉNS PARA VOCÊS!!!

Grande abraço,

Giselle.

Feira de Ciência, Inovação e Tecnologia no Centro de Convenções de Macaé


Idealizada e desenvolvida pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do município de Macaé/RJ, a Feira de Ciência, Inovação e Tecnologia teve sua 5ª edição neste ano nos dias 11 e 12 de novembro no Centro de Convenções de Macaé.



Participaram do evento instituições e órgãos federais, estaduais e municipais. Destaco aqui, a SEMMA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente; o Projeto Pólen - Pólo Macaé; o COEP - Rede Nacional de Mobilização Social; Secretaria Municipal de Saúde com a equipe de Saúde Bucal e o Programa DST/AIDS; SENAI; NUPEM/UFRJ - Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-ambiental localizado no campus da UFRJ em Macaé; a Cidade Universitária com os cursos de Enfermagem, Nutrição e Farmácia; a SEMED - Secretaria municipal de Educação; escolas públicas e particulares que concorreram a prêmios de iniciação científica.



Participei da Feira no stand de Saúde Bucal - com trabalho de conscientização para os participantes - e pude conferir de perto os trabalhos científicos dos estudantes.

Parabenizo a secretaria e a prefeitura de Macaé pela iniciativa!!!

Reforma Sanitária e Nova Saúde Pública discutida em Conferência no Abrascão por Jairnilson Paim


Dentre as conferências ministradas no Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, promovido pela ABRASCO - Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva - neste ano, gostaria de dar merecido destaque à conferência realizada no dia 04/11, último dia do congresso, intitulada "Reforma Sanitária: uma promessa não cumprida?".



Jairnilson Paim do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia apresentou o tema de forma louvável com uma rica abordagem de um período em que a sociedade se mobilizava - me refiro aqui aos intelectuais coletivos, profissionais de saúde e estudantes - em busca de mudanças paradigmáticas contra qualquer tipo de imposição da manutenção do status quo.



Paim enfatizou o período da reforma como um momento de redemocratização da sociedade brasileira que há muito tempo idealizava um sistema de saúde digno para nossa nação, contudo, interpelações limitam até o dia de hoje o alcance dos pressupostos do movimento pela Saúde Coletiva em sua integralidade.



Em sua fala, Paim fundamentou-se na teoria de Gramsci em destaque à Revolução Passiva e a presença de classes hegemônicas em sociedades submetidas às classes dominantes e na terminologia usada por Chico de Oliveira - hegemonia às avessas - destacando que mesmo quando os dominantes são dominados há perpetuação do modelo tradicional.



Para Paim, o fim da estatolatria -termo usado pelo sociólogo Betinho - é inevitável para que nossas revoluções não sejam mais passivas e o Estado seja um grande aliado da sociedade civil e, não seu inimigo, que nada na contra-corrente de seus ideais, uma vez que busca em todo tempo atender aos interesses mercadológicos, como se, somente fosse possível vivenciarmos um desenvolvimento social subsequente a um desenvolvimento econômico.



Neste particular, todo intento da reforma sanitária brasileira sofreu limitações, apesar de grandes avanços. Por isso, continuarmos na luta é imprescindível para a efetivação dos ideais da Saúde Coletiva - me refiro ao campo ideológico proposto na década de 70 - e concretude da nova Saúde Pública através de práticas universais, integrais e equânimes no âmbito da saúde.



Para mim é um grande prazer poder ouvir o Jairnilson Paim, já que ele atuou e atua até os dias de hoje, como um militante para uma verdadeira transformação e, não só, uma reforma de toda estrutura para atendimento das reais necessidades sociais de saúde do povo brasileiro.



Para você, meu querido, eu dedico, MEUS PARABÉNS!!! Precisamos de muitos Pains para não retrocedermos jamais.